quinta-feira, 19 de março de 2015

Literatura

Não escrevo para ser reconhecida,
Não escrevo pra morar na prateleira
E ser comida pelas traças.
Escrevo pra morrer na tua arte,
E escrevo pra acalmar o meu orgasmo.

Nenhuma palavra é desprovida de argumento
E tenho sentimentos em excesso para te doar.
Tu poderia vender o que quisesse,
Mas é mesmo para isso que escreve?

Espero a morte e o amor que nunca me acalçam,
Escrevo.
Ignoro os cigarros amassados dentro da bolsa,
Escrevo.
Destruo meu dia, alegre, só por masoquismo,
Escrevo.
Não trepo, não grito, não choro,
Escrevo.

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