sexta-feira, 20 de março de 2015

Nada disso existe

Me escreve um poema,
Enquanto eu fumo o teu cigarro.
Toda doçura é ridícula
Quando se trata de mim
E de você.

Bebe o teu café,
Sorri de novo.
Tô afim de encher
meu copo hoje.

É sexta-feira
Não há dose que me salve
Dessa maldição.

Trepa, trepa com ela.
Mas trepa forte,
Como se fosse comigo.
Para lembrar
Que um corpo é sempre um corpo.
Uma foda é sempre uma foda.

Posso assistir dessa vez?
Prometo que não gozo,
Nem me intrometo.
Prometo que não te boto defeito.

Espero
Vocês terminarem,
Ela ir embora,
Você se gabar.

E aí é a tua hora de chorar.
Lá pelas tantas da madrugada
Tu reclama da solidão e desaba.
E pela primeira vez eu tô do seu lado
(mas sempre estive).

Te ofereço meu maço de cigarro,
Um isqueiro, meu colo
E minhas mãos pra te afagar os cabelos.
Te beijo
A testa,
Como se não fosse
Esse monstro de sempre.

Te amo,
Me importo.
Não todas as noites,
Mas quando precisar.

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