segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mas que porra?

    Ah, eu estava tão feliz... Essas malditas reviravoltas emocionais. Euforia, depressão e o surto psicótico agressivo com o qual eu recomeço o ciclo. A minha autoestima deu defeito e ninguém sabe como consertar. Ah, meu amor. Você sabe que eu preciso mesmo de alguém pra chamar de amor... Alguém que me entenda. Alguém que me entenda de verdade, cara. E eu tive uma vez. Mas desconfio que ele nunca me entendeu de verdade. Quem me entende? A questão não é simplesmente saber que eu sou uma menina mimada e covarde. A questão não é saber que eu preciso sempre de sexo e que eu sou carente. E a questão não é saber que eu sou chegada ao sadomasoquismo, serial killers e coisas meio dark. E pra falar a verdade, também não é sobre como eu sou maluquinha ou sobre minha tendência a ficar triste ou ser escandalosa e agressiva. O que eles todos não sabem é que boa parte disso são só reputações que eu preciso manter. Como a minha vontade incansável de comer. E como eu abro mão da vontade de ser autêntica para ser bonita magra? Tem algo muito errado por aí. Quem quer me entender (não, isso não existe) precisa entender quem eu nasci. Precisa ver quem eu era quando bebê, quando criança, e quem são meus pais. Quem realmente são meus pais pra mim. E não essa coisa toda que eu falo sobre como eles são egoístas e como eu não devo satisfação pra ninguém. Quem quer me entender precisa me dizer (apenas uma vez!) sobre como eu gosto da minha mãe e como ela deve estar preocupada comigo. Quem me conhece sabe que eu odeio muito ordens, e que não acho que as pessoas podem regular a minha vida. E aí alguém precisa entender que eu sempre fui boa, e sempre quis as coisas boas pra mim e para todo mundo. Eu sei muito bem abrir mão do que importa pra mim quando quero o bem de alguém (ou talvez eu seja masoquista). Eu sei ser boa mesmo dizendo que já não acredito em nada, em ninguém e muito menos em mim.  Alguém que leia os meus textos. Alguém que possa interpretar a minha agressividade como uma necessidade desesperada de atenção. Alguém que não brigue comigo por querer atenção. Ora, que há de mal nisso?
   Realmente ninguém entende que eu preciso tanto ser entendida... Preciso de alguém que diga "eu sei como é isso, às vezes eu também não quero sair do casulo". E que me convença de que não é tão ruim assim, que eu consigo. Mas não, esses seres estúpidos insistem em brigar comigo e jogar na minha cara o quão ruim eu sou por decepcionar todo mundo e só me importar comigo mesma. Por que precisa ser assim? Pressionar não é bom.
    Ó, céus! Agora uma paz triste e uma vontade sonolenta de me dissipar. Desaparecer no ar e fazer meu cérebro dormir. Quem sabe pra sempre? Ah, essas oscilações de humor...

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