segunda-feira, 26 de junho de 2017

Free will

Don't choose me,
If you need a helmet.
Don't choose me,
If you need an armor.
Don't choose me,
If you need a smile,
Open arms and power
To deffeat the world.

Don't choose me,
For my candy hair,
For my exposed feet.
Don't choose me,
For me,
Because I wanted you to come
Or anything.
Don't choose me.

Neither for my hurful words
Or for my aching spirit.
Don't choose me,
If you always missed
Some poetry
In your life.

Don't choose me
To be your fucking wife.
Neither your friend
Or daughter.
Don't choose me
To be
Your side by side fighter.
Don't choose me
And don't do ever
Ask me to stay alive.

But if you call my name
And I come
If you speak to me
And I stay
Then you may
See that I'll be
Fighting your fights
Because I'll have no choice
But to be there for you
Untill one day
When I'll emancipate myself
And leave
Again
To another row.

London Town

I dreamed of you again
I often do
Why in such a hideous world
Whould I choose to be happy
With you?
I was traveling to london
You said you were going to love there
And there was a university
In wich you wanted to study
Where are you?
Why do I find you in my dreams?
Who are you?
Do you hear me?
Do you know what I mean?
I tried to talk to you,
I tried.
And I could dream of him,
Or anyone on earth,
Imagination is a free place,
But that's you.
It's you that I want.
It's you that I need.
And I don't know why I hate you,
But I keep chasing your hometown.
How could I go home?
I don't find meaning in this place.
You were my saving grace.
But I gave up.
You'll never be mine again.
You'll never be mine again.
I'm never yours awake.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Xis

Te amei um dia.
Trocaria meus desnecessários
anos de vida
por uma semana ainda te amando.

Trocaria viver por morrer
na simples ausência do amor
que nutria por ti.
Desnutriu-se. Definhou.

Quis te culpar por tudo de errado
que tens feito desde sempre.
Quis me culpar por ser este lixo que sou.

Mas pra dizer ao certo,
o caos de mim resume:
te amava antes, errado,
errado agora não te amo mais.

Te busco na esperança de ainda ser tua
de bater o peito, aflito,
de te amar agonizante.
Todos os dias você me decepciona.
Não te amo mais.

E a vida é vazia.
Creio que queria
que eu te desamasse assim.
Queria-te livre do fardo
de estar comigo, de amar alguém.
Pois bem.
Agora és livre.
Livre como eu.

Curto a tua solidão,
parece a minha.
Segue a tua vida.
Eu não tenho nada de bom.
[é nisso que acredita]

terça-feira, 13 de junho de 2017

Suspiro

Vi poesia nas pétalas brancas
Vi poesia na minha cama com teu cheiro
Vi poesia no derradeiro suspiro
De motivação
E quase que não escrevo
Quase que desisto
De acordar

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Syrup

Drink me
I'm syrup
You can melt me on your cake
Or you can swallow me
To heal your daily pains
I'm syrup

Edifício Central

E enquanto a freira
Cruza a fachada
Da loja de chocolate
Eu bebo um gole
Da minha cerveja quente
Pra ter coragem de viver
E de ir ver alguém
Que nunca vai me amar

Sou só
Sempre serei só
E não me nota a freira
Ou os chocolates
Não me percebe a cerveja
Enquanto me estraga

Nenhuma palavra
Vinda de mim é válida
Meu corpo é tralha
Minha mente é rastro
De algum obituário

E no meu itinerário
Entra você
Pra me puxar
E me salvar
De desaparecer

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Transpasse

Já sinto falta
Das minhas noites de sono
Já sinto sua falta
Como não sentisse sua falta
Já muito antes de partir
Já sinto falta de sorrir
E de sentir o gosto do brigadeiro

Sinto falta de acordar, estremecer
E esperar alguma coisa do dia
Sinto falta da ausência de culpa
Sinto falta de estar em companhia

Já sinto falta
De ser ordinária,
Medíocre, como os outros
Sinto falta de quando não doía
Minha coluna
De quando eu ainda tinha esperança
E lutava pela paz no coração de todos
Sinto falta
De querer suportar
Estar aqui

Já sinto falta
De não precisar chorar
E não ter que resistir
Aos impulsos categóricos
De me automutilar
Sinto falta de carregar
Algum conforto
Dentro de meu próprio corpo
Menos deteriorado
Sinto falta do silêncio
Que eu não tinha ainda notificado

Não sinto falta da solidão
Porque tenho estado, e persisto
Em perpétuo e contundente
Isolamento
Desde que existo

segunda-feira, 5 de junho de 2017

A man and a dog, two cats and a bat.

I offered him a cigarette.
He said
"I only smoke weed"
That's it.
No poeme, no text,
Nothing else.

domingo, 4 de junho de 2017

Trato

Eu sou a menina
Que se deita sobre você
Por uma noite
E no raiar do dia
Te escreve um texto
E fuma um cigarro.
Não fumo durante o ato,
Não fumo durante o papo.
A solidão se mostra
Entre o fim do ato
E o primeiro trago.
É aí que te escrevo um texto
Sobre você.

A derrota

Como eu poderia
Não mais te amar,
Se sou de outro,
Se só faço te esperar?
Como poderia,
Se quando fecho meus olhos
De areia negra,
De sereia quente,
Só penso em você?
Como eu poderia
Não ser sua,
Se quando me agoniza
Eu quero que você também sinta
Se quando me transborda
Eu quero transbordar
Dentro de você?
Como eu poderia
Te dizer adeus
Se você é o único
Que existe no mundo
Que eu derrotei?

Eu sou sua
E ainda te amo
E me doi todos os dias
Como todas as outras dores
Que eu engulo e sigo em frente
Eu te amo e esqueço
De tudo que fomos
Do que vivemos
Do teu rosto e do teu corpo
Da tua voz
Eu te amo
E nós
Poderíamos ter sido tudo
Podemos ser
Poderíamos
Mas eu te amo
Então isto tem de
Também
Fracassar

sábado, 3 de junho de 2017

Estante

Sou um livro aberto
E doi.
Porque sabem quando sou louca,
Porque sabem quanto sou triste,
Porque sabem quando me doi.
Sou um livro aberto.
Quando grito, grito,
Quando calo, calo,
E quando agonizo...
Esbarro nos outros todos.
Sou aberta, sou exposta.
Quando doi, falo que doi,
Quando me revolta,
Eu soco as paredes,
E me soco, e ao que estiver na frente.
Dá pra ver o meu sofrer de camarote.
Incomodo.
Sou um livro aberto.
Quando gargalho, a gargalhada vai longe
Machuca a alma dos infelizes,
Desconcentra os atentos,
Interfere.
Sou expansiva.
Tudo em mim é fermento,
E o bolo cresce.
Eu sou um livro aberto e doi.
Porque compulsivamente falo
E falo mais,
E como,
E luto incessantemente para ser.
Quero meu lugar, meu espaço, meu nome,
Quero existir.
E me abro livro,
Me abro a mente,
Me abro as pernas,
Abro tudo mais.
Sou um livro aberto.
Explicitamente aberto.
Mas quando não tem ninguém
Que consiga entender meu idioma...
Eu silencio
E declaro, determinadamente:
Vou virar poeira na estante,
Não volto atrás.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Defensive

I nurse you.
Like a little baby,
I protect you.
I defend you,
Like a lioness mother,
Like an outraged beast.
I deny it.
I refuse to belong to this place
And to this figure of being.
But, for a moment
I find myself in the middle of a fight
And feel proud about it.
You are mine.
I am strong.
I am a mess to the rest of this world.
But, I know you.
And at this I am good.
I can easily defend
Someone's right to feel things,
To exist,
To be human.
And it's also complicated
'Cause I'd easily defend
My own right to give an end
To my life.
But with this I'm fine.
For a second I don't hate myself
For being there for you.
And it feels light.
You'll find your way.
I'm here, anyhow.
I'll always be, I guess.