domingo, 28 de janeiro de 2018

Best Friends - Amy Whinehouse

I can't wait to get away from you
And surprisingly you hate me too
We only communicate when we need to fight
But we are best friends... right?

You're too good at pretending you don't care
There's enough resentment in the air
Now you don't want me in the flat
When you're home at night
But we're best friends right?

You're Stephanie and I'm Paulette
You know what all my faces mean
And it's easy to smoke it up, forget
Everything that happened in between

Nicky's right when he says I can't win
So I don't wanna tell you anything
I can't even think about
How you feel inside
But we are best friends, right?

I don't like the way you say my name
You're always looking for someone to blame
Now you want me to suffer just cause
You was born wide
But we are best friends right?

You're Stephanie and I'm Paulette
You know what all my faces mean
And its easy to smoke it up, forget
Everything that happened in between

So I had love for you, and I was full
And there's no one I wanna smoke with more
Someday I'll buy the Rizla, so you get the dro
Cause we are best friends right, right, right, right?
Because we are best friends right?
Because we are best friends right?

Tears Dry On Their Own - Amy Whinehouse

All I can ever be to you
Is a darkness that we know
And this regret I got accustomed to

Once it was so right
When we were at our high
Waiting for you in the hotel at night

I knew I hadn't met my match
But every moment we could snatch
I don't know why I got so attached

It's my responsibility
And you don't owe nothing to me
But to walk away I have no capacity

He walks away
The sun goes down
He takes the day, but I'm grown
And in your way
In this blue shade
My tears dry on their own

I don't understand
Why do I stress the men
When there's so many bigger things at hand

We could have never had it all
We had to hit a wall
So this is inevitable withdrawal

Even if I stopped wanting you
A perspective pushes through
I'll be some next man's other woman soon

I cannot play myself again?
I should just be my own best friend
Not fuck myself in the head with stupid men

He walks away
The sun goes down
He takes the day, but I'm grown
And in your way
In this blue shade
My tears dry on their own

So we are history
Your shadow covers me
The sky above ablaze

He walks away
The sun goes down
He takes the day, but I'm grown
And in your way
In this blue shade
My tears dry on their own

I wish I could say no regrets
And no emotional debts
'Cause as we kissed goodbye, the sun sets

So we are history
The shadow covers me
The sky above, a blaze
Only lovers see

He walks away
The sun goes down
He takes the day, but I'm grown
And in your way
My blue shade
My tears dry on their own

Whoa, he walks away
The sun goes down
He takes the day, but I am grown
And in your way
My deep shade
My tears dry on their own

He walks away
The sun goes down
He takes the day, but I'm grown
And in your way
My deep shade
My tears dry

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Lápide

Eu queria escrever,
Mas minha boca está grampeada
Eu tento odiar alguém,
Tento falar do meu corpo
E de como ele se desfaz
De tanto calor,
Tento falar sobre o meu telefone
Me mandando ir dormir
Mas eu não quero dormir
Eu não quero correr atrás
De pessoas que não me querem
Mas é isso que eu tenho feito
Porque eu não sei fazer de outro jeito
Eu rimei sem querer,
Desculpa.
Força do hábito
Eu queria estar escrevendo algo bom
Não pensando em suicídio e morte
De novo
Em depressão e estar sozinha
Ai meu deus não tomei meu remédio hoje
Acho
Tomei, será?
Acho que não
Escrevam na minha lápide assim

"Ela escrevia uns textos."

Pensando bem,
Não quero lápide
Tenho claustrofobia
Quero ser cremada
Fogo é legal
Odeio larvas.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Baú

Se você ainda fosse meu,
Eu te dizia
que a minha cama
não range mais.
Talvez você viesse me visitar.
Só pra testar a cama, conferir.
Talvez você me quisesse de novo.
Mas só se você fosse meu.
Se você ainda fosse meu,
Eu trocava os lençois,
fazia janta pra gente,
colocava um filme
pra ter do que te distrair.
Te fazia um convite.
Aqui tem suco roxo, comida,
Aqui tem eu.
Vem me ver.
Se você ainda fosse meu.
Eu podia te mandar uma carta
Dizendo que eu te amo, que sempre amei.
Que não estava te usando
Como estava,
Que meu coração partiu em pedaços
Quando você se foi.
Mas você não sabe que foi.
Você nunca esteve comigo, não é?
Nunca foi meu.
Se você fosse,
Eu te mostrava minha parede nova,
Meus quadros,
Meu quarto decorado,
A cama alta,
Com um baú pra te guardar dentro.
Se você fosse meu eu te escrevia esse texto
Pra você continuar me amando,
Mas você não me ama mais.

Das bruxas da sua idade...
Você é a que conheceu mais gente maluca.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Antialérgicos

Uma bigorna sobre a bacia,
Âncora nas panturrilhas
E a cabeça
Tal qual uma melancia
Enraizada na coberta torta
Dois globos brancos
Perdidos
Girando arritimados
Procurando um sentido no ar
Força pra me levantar
E as cordas apertando
Cada vez mais
As lombadas da cama
Pressionando dores
Que eu nem sabia que existiam
Partes do corpo
Que eu nem lembrava que tinha
Porque já não sentia nada
Ao redor do ponto central
Entre minhas têmporas

Eu não aguento mais
Olhos abertos
Cílios separados
A nuca morrendo
De tanto encolher-se
Esse vazio no meu âmago
Eu não aguento mais.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Lorelei Kai 2

Fez as pazes com o mar.
Quando sumergiu o último fio de cabelo,
Tal qual alga desidratada, esverdeou-se.
Um quase dourado, desbotado do sol.
E antes que descolasse os lábios mais uma vez,
Quase foi possível ver reluzir o azul metálico de sua cauda escorrendo por entre os cardumes prateados.
"Nunca mais eu volto para cá"
Ela balbuciou entre bolhas.

Voltou para o mundo dos homens.
Sem saber muito bem por quê.
Sem justificativa de peso,
Sem nunca se acostumar aos passos tortos,
Sem nunca comer, ou gostar de ver
Em cativeiro seus amigos do mar.
Partiu, para nunca mais voltar.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Van

I ran away.
He had a beautiful name.
I was a fairy witch.
He disgusted me.
I am a lonely angel.
I hate them all.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Lorelei Kai

Quando pela primeira vez teve a chance de por os olhos no mundo dos que pisam o chão, usou toda a força que tinha para descolar os cílios.

A magnificência daquele universo era visível, mesmo aos pequenos olhos desconhecedores do mundo.
Passaram-se dois anos até que fosse seguro voltar.

Não foi um retorno, para ser precisa. Apenas visitas periódicas. Como fosse uma hóspede, que arrogante insistia já estar em casa, não precisar de mais ninguém.

Sempre soube que morava ali, imersa no azul translúcido. Mantinha os olhos abertos, mesmo que naquele mundo eles ardessem.

Queimavam, avermelhados ao fim do dia, mas era ali que morava, e ela sabia. Não podia ignorar.

De tempo em tempo, foi dando passos.
E a cada vez em que tocava os dedos úmidos ao chão, a sola dos novos pés se acomodava.
Foi, toque a toque, brotando raiz.

Terreno fértil, pernas grossas, tronco.
Acostumou-se ao chão.
Passou então a vacilar quando voltava.
Brigava com as quedas frias, carregadas de areia, longe do lar.

As pernas tremiam, temendo deixar de existir para que ela voltasse a ser quem sempre foi.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Don't wear black

Spoiled child
Wine bottle
Droping water
On a cup
Blue candy,
What can I do for you?
Cotton candy,
What can I do for you?
I'm here
A mourning cat
A weird pillow
I'm yours
Big sister
Aching sunset
I'll bring you a bottle of wine
If you need one.