sábado, 22 de novembro de 2014

Sonhei que você morria essa noite

A lua está chorando no canto
E tinha um caos no meu banho hoje cedo.
Você existe,
E insiste em morrer de novo.

A lua é nova,
Perdida no negro azul do vazio,
Só.

E eu na página virada,
Abarrotada de letras estranhas,
Numa tipografia regular.

Sinto sua falta,
Mas não conta pra ninguém.
É que eu já fui sua refém por muito tempo.
Ninguém mais suporta.

Meu bem,
Eu não consigo,
Você me chamava assim,
E eu nunca consegui.

Me doi essa despedida
Que nunca cessa,
E você que nunca morre.
Mas finge que morre de novo, e de novo.
E doi de novo,
De longe,
Porque eu não quero mais doer.

Quem foi que disse que eu devia fazer certo?
Quem foi que disse que eu devia ficar perto de você?

Elena,
Sonhei contigo essa noite.
Mas num instante,
Você vira água,
Se desfaz em gotas,
Desaparece.

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