domingo, 17 de março de 2013

Espera

    Corda de piano ou violino. Todas desafinadas, todas loucas, e o assassino. Correr em direção ao nada até chegar na mesma antiga esquina. Sentar e observar meus devaneios como se fossem eles capazes de me salvar de mim mesma. Não são. Perseguida pela solidão desacompanhada ou não. Na margem de um rio tão turbulento quanto a mente suja. A paz não me é merecida. E quem julga? Amor... Amor vai além do pedir demais. É inviável. É impossível. Eu sou só um defeito do mundo. Sem propósito, sem vontade de viver. Sem honestidade na alma. Sem verdade. Sou um vazio decorado, e os órgãos embalados a vácuo doem e não deterioram na velocidade em que eu desejo. Espero minha querida encapuzada. Já cansei de viver.

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