domingo, 30 de março de 2014

Eclipse de marte

Lábios mordidos
Pensamentos recorrentes
Uma navalha nos dentes
E uma mente que se explode

Um objeto sortido
Mais um gole, e a saliva
Representação nociva
Do ariano que me fode

Mais tempo debaixo d'água
Uma mão que não se apressa
Um cigarro mentolado
Faz que não se interessa

Quis buscar a noite quieta
Tem vontades como as minhas
Às vezes saio sozinha
Mas nunca sei ser discreta

Desalinham-se os planetas
Volto ao meu lugar vazio
É que eu sou bicho do mato
Mas de longe eu lhe sorrio

Te espero, se é que tu volta
Minha cama nunca tá morta
Meus olhos te explicam tudo
E a porta do meu quarto tá aberta

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