quinta-feira, 12 de junho de 2014

Um fósforo

Não sei se o cigarro de hoje me acendeu por dentro.
Ou se foi esse doze de junho.
Ou se algo aqui deu errado.

Hoje senti sua falta.
Senti sua falta de manhã.
Senti sua falta ontem, antes de dormir.
Senti sua falta ao sair de casa e me deparar com o cinza do céu.
Senti sua falta quando vi a chuva desabar da minha cama.
Senti sua falta quando vi a lua cheia.
Senti sua falta enquanto falava comigo.

E quando disse que era meu.
E quando me lembrei de tocar o seu corpo...
Ah, meu amor.
Eu nunca me senti tão libidinosa.

Eu quis estar aí.
Eu quis fumar os teus cigarros.
Eu quis me engolir de novo em todo o meu caos desesperado.

Contigo eu sou alguém.
E é exatamente esse alguém que eu gostaria de ser todos os dias da minha vida.
Ao seu lado eu existo, amor.

Eu te amo.

Queria te tocar de novo.
Queria te olhar de novo.

Eu te amo.

Queria fugir do mundo.
Queria te abraçar mais uma vez.

Eu te amo.

Eu te amo.

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