quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Via expressa, Bonsucesso

Vejo minha garganta correndo
Pelos cacos de vidro
De uma mureta
Pra mim o maior absurdo
É o teor humano da violência.
Sou apenas medo.
Um medo tão imenso e paralizante
Que tento cobrir-me de coragem,
Resignação perante a morte
Que iminente me apavora.
Antes ela,
Que meus outros fantasmas.
Meus pés e olhos inchados,
Seco minhas pálpebras,
Sufoco um grito de socorro
Em meu esôfago.
Tenho estado morta,
Mas a dor não finda
Ou findará.

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