Levantei
Com certa dormência mental
E debruçou-se em mim um peso
Desconhecido
Fazia tempo
Que a vida perdera o sentido
Mas eu queria viver.
O socorro não estava a caminho
Abrir os pulsos não adiantaria
E mesmo que eu trancasse meus lábios
Calasse as vozes todas
Que me regiam,
Não havia cura.
Eu seguiria eu.
Um peso empoeirado
Impregnado de medo
E de morte
Um par de pés
Dilacerados
Porque o asfalto
Nunca é convidativo,
Um pouco de pó
E dor
Ilhados
Numa dimensão inacabada
Nem lá nem cá
Incoerente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário