terça-feira, 1 de abril de 2014

Ao meu poeta, ao paraíso

Meu amor, me derreto em lágrimas quentes. Estão todas tão lá dentro que eu estou aqui me destruindo.
Eu só consigo pensar que estou morrendo longe de você.
Eu tento de tudo, eu juro. Eu fumo, eu bebo, eu fodo. Eu bato com a cara na parede pra ver se assim eu existo, mas nada é tão bonito quanto te tocar.
Eu fujo eu durmo eu medito. Eu peço ajuda a deus e ao diabo, mas nada, nada aqui no meu mundo sequer se assemelha aos seus fios de cabelo. Aos seus dedos gentis e ao seu amor se derramando em tinta naquela parede branca.
Aqui o ar é mais pesado, aqui eu não respiro. Aqui sem os seus cigarros, sem os seus olhares breves, sem a sua tatuagem com o símbolo da paz.
Eu busco qualquer coisa. Renascer, revolucionar. Busco todas as maneiras que você já encontrou pra se salvar. Sigo seus caminhos, seus tropeços, seus espinhos. Tento me refugiar em você, e só em você que eu me encontro.
Me desespero. Tudo aqui é muito grande, mas é demais pra mim sem sua pele. Sem sua nuca, sem seus cílios e sem os seus tornozelos.
Estou me perdendo sem a lua na minha noite. Mas ainda tuas palavras me tomam a alma e me embalam. Me abalam. Não sei como não me apaixonar por você de novo e de novo. Não sei como ter menos nada do que eu tenho por você. E mesmo as coisas sem nome.
Talvez eu devesse ir lá fora e te admirar no céu. Talvez eu devesse te fazer uma serenata, ou ouvir o teu silêncio mais uma vez. Porque até pelo seu silêncio eu me apaixono sempre. Vou te buscar em todos os cantos, amor. Até voltar pra você. Eu vou te amar pra sempre.

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