quarta-feira, 9 de abril de 2014

Poema desesperado

De minhas palavras colha as letras, e escreva apenas o que quiser ler.
De meus fonemas, eleja apenas os que quiser ouvir.
De minhas cores refletidas, desenhe apenas as que quiser ver.
E guarde na memória apenas o que lhe fizer sorrir.

Me faça modelando a perfeição, eu não me importo.
Sou filha da ilusão.
De todas as mentiras, eu não ligo, eu só quero aquela em que você diz que me ama.
Se deita na minha cama, e me entorpece.
Me engana, me fode, me desce.
Seja tudo que quiser e então finja que eu também sou esse tudo.
O absurdo é minha casa.
Meu lar.
E meu refúgio.

Mas lembra que eu só sobrevivo acompanhada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário