terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Ela, a lua e o natal.

      Ouvir a voz dela... Ah, Deus. Adeus?  Ah, não... Não pode. Eu não resisto. A moça boba recosta na parede, namora o céu. Uma garrafa do lado, corpo solto. Pensamento discreto. O olhar dela conversa com a lua bonita, e novamente eu não tenho nada para lhes dizer. Eu absorvo no meu peito a sensação e o momento que não estou vivendo com ela. Ora essa, é Natal. O que estamos as três fazendo tão sozinhas? Talvez a lua seja só incompreendida pelas estrelas, mas e nós? Afinal, o que aconteceu com a gente? Eu posso senti-la. Posso ouvir sua respiração. Posso sentir seu coração bater vagaroso. Posso ver seu olhar úmido, mas não sou capaz de decifrá-lo. São tão poucas as palavras... Querida, será que você se lembra de quando eu podia fazê-lo? Aposto que sim... Eu queria estar inserida nesse círculo que você fez com a lua. Queria novamente ler os seus segredos e sentir esse amor que eu fui incapaz de definir. Talvez você entenda melhor que eu. Talvez você nesse seu mistério, perdida nesses segredos tolos, seja mais sábia que minha impulsividade desorientada. Não vou desistir ainda. Ainda não. Porque nesse instante de ontem eu senti você, e quis mais. Meu coração acelerou. Estar ao seu lado seria... Maravilhoso. Místico. Eu desejo esse momento. Adeus não.

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