domingo, 14 de setembro de 2014

Noite é noite.

Não me sinto poetiza,
Ou puta,
Ou amigável,
Ou meia,
Ou sociável,
Ou faminta,
Ou animada,
Ou deprimida,
Ou humana sequer.

É como se eu não existisse.
Porque a lua tá no céu.
Porque anoiteceu.
Porque minha cabeça doi,
E minha paciência adormeceu.

Porque acordei,
Anoitece.
E porque há estrelas,
Entristeço.
Todos os dias morrem, querido.
Toda noite eu entro em luto antecipado.

A saciedade às vezes é overdose de fartura.
A saciedade é um vômito mascarado de felicidade.

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