quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

174, o começo da perda

Acredito que quanto mais nos aproximamos da consciência, menor se torna a probabilidade de sermos felizes. Mas não estou aqui para encontrar felicidade. Não desta vez. Vim para encontrar sentido, para justificar a minha permanência em um mundo que eu sei que não vale a estadia. Talvez admitir que o mundo não merece a minha presença seja um egoísmo dos mais elaborados. O mundo precisa de mim. Como pessoa, sem pretensões de reconhecimento ou companhia. Me foram dadas ferramentas para ajudar a ajustar o convívio social. Desisto de estar aqui por mim. Desisto de acreditar que algo maior existe. Desisto de acreditar na salvação. Desisto da felicidade. Venho procurar uma utilidade na existência pré-determinada. Justifico aqui toda dor envolvida em ressuscitar a humanidade que existe em mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário