domingo, 22 de fevereiro de 2015

Completamente maluca

Às vezes me apavora que eu seja incapaz de desamar você.
E me incomoda esse espírito soprando nos meus sonhos essa vontade incontrolável de beber.
Alguém disse lá na última fileira que eu vou usar cocaína e é o arquivo secreto do momento.
Tão secreto quanto eu permitiria.
Sinto-me puramente a tatuagem no meu pulso.
O dia e a noite.
A lua e o sol.
As fases, o sentimento, a instabilidade e mutabilidade.
O amor, o ódio, a dúvida.
A incoerência em seu estágio avançado.
É o que eu sou. A incoerência.
Me perdôo. Perdôo você.
Te amo hoje.
Dizia isso cegamente por aí e cada vez o entendo melhor.
Amar-te hoje significa ser livre para não permanecer. E permaneço.
Porque sou incoerente.
Há muitas coisas que não entendo agora.
Como por que da noite pro dia eu resolvi te perdoar. Te abraçar de volta dentro de mim.
Quem sou eu?
Quem és tu, Alice?
A pergunta permanece.
O tudo e o nada acontecem em mim, mas eu ri contigo hoje. Eu ri.
Estava sóbria, não tive raiva. E você não faz ideia de como isso é um bom sinal.

Acho que eu tenho alguma doença,
Algum transtorno.
Acho que eu pirei de vez.

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