terça-feira, 20 de agosto de 2013

Irritação.

   Drama, drama, drama. O relógio fazendo insistentemente esse tic-tac revoltante. Todos eles tão dormindo agora. Você não, que você tá falando com ela.
   Eu tô tão irritada com o que você veio me dizer (e isso definitivamente não é algo racional), que desisti de tentar escrever um texto que não seja um puro desabafo. Direto. Cortante.
   É a única maldita coisa que eu sei fazer. E me desculpe por querer mostrar isso pro mundo, ok? Desculpa se eu preciso tanto que as pessoas me amem um pouquinho mais. Aliás, desculpa por querer aumentar minha autoestima extremamente vulnerável. Desculpa se eu sou uma filha-da-puta, e desculpa por te pedir pra não se afastar dessa vez. Só porque queria que você continuasse sendo aquele que se importava comigo mais do que ninguém. Desculpa por ser uma sádica desgraçada, e uma víbora traiçoeira. E mil perdões por te desviar do caminho amoroso de fidelidade com aquela outra naja doentia.
   Desculpa por não gostar quando você me critica. E por querer mentir pra minha mãe. É! Desculpa por te fazer sofrer tanto por guardar um segredo que nem te diz respeito de verdade. Desculpa por querer beber na sua frente, e por só querer transar com você no meio da rua. Desculpa por querer buscar felicidade da maneira mais errada (claro, na sua opinião). Desculpa se odeio tudo que você odeia em mim.
   Quero brigar, quero brigar. Estou com raiva de você.
   "Meu amor... Eu tenho ódio de você!" 
    Tudo bem. A dona calma veio pra me ajudar a dizer boa noite. Estou profundamente incomodada com o seu esforço pra me dizer que eu sou uma filha ruim, uma aluna ruim, uma namorada ruim, uma amiga ruim e uma pessoa ruim. Sou muito grata por isso. Especialmente agora que o meu humor estava tão melhor. Só vou ficar quietinha amanhã e tentar não arrumar muito problema pra você. Boa noite, cara. Boa noite.

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