terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pequenina.

   Sentada no chão ela escuta. E suporta. E se dispõe a ajudar a qualquer hora. De joelhos, ou deitada, ela venera. Ela ama e se submete como ninguém. Uma escrava da própria necessidade de ser amada. Posso ajudar? E lamber seus pés, eu posso? Estúpida. Sofre, sofre, sofre. Mas ela não se importa. É maravilhoso poder amar alguém. Até que todos a deixam quieta num canto escuro. Numa caixinha preta e apertada. Onde o vazio a sufoca. E de repente ela está tão sozinha que entende que não deve amar a mais ninguém. Nem a si mesma.

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