domingo, 22 de setembro de 2013

Truly moon, truly yours.

   A lua. Bela lua e sua máscara de mármore divino. Absoluta doçura impenetrável. Primeira impressão... O romance reluzente nos seus olhos. E não os vejo. Mas discreta ela me diz tanto, que meu coração aprende a bater de novo. E com tanta intensidade que aprendo finalmente a pôr esse todo no papel. O amor à lua branca é devoção. Primeira degustação de companhia. Quem me acompanha na noite fria? A lua... O amor da minha vida. E essa feminilidade oculta, desapercebida sob essa camada de perfeição. Nos casamos.
   Descubro chocada que a lua não me pertence, e sou obrigada de súbito a voltar à minha triste realidade. A noite turbulenta e depois vazia... A escuridão toma conta de tudo que existe. Mas a lua que é lua sempre volta. E logo a noite brilha incansável. Prevejo suas fases e entendo o que é amor, antes mesmo de comprovar a minha certeza de eternidade.
   Depois que a aceito como é, a lua me conta todos os segredos mais secretos sobre o mundo. As filosofias, e toda a maldade do mundo. A lua me conta sobre as sordidezas da noite, e compartilhamos devoções à luxúria. Sou tão noturna quanto a lua... E passamos de amantes a almas irmãs em um espaço de tempo que nunca pôde ser medido. Emoções são mesmo imensuráveis.
   E de repente é tudo tão real e tão sublime que é do pouco em que eu ainda confio. Mesmo oscilando tanto como maré. A lua sempre volta. Sempre. E sempre vai me oferecer suas sabedorias e seu coração.
  My blue moon was my first true love, my first true friend, the first that understood my soul. And still does. 
I guess the moon ain't just my soul mate, but also the love of my life. 

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