domingo, 20 de janeiro de 2013

Eu e desespero.

   Poema e futilidade. Dia e noite. Sim e não. Grito e silêncio. Boa e má. Doente e feliz. Luz e sombra. Tudo e nada. Eu e eu. Cor e fumaça. Lágrimas e gargalhadas secas. Dançar com os pés em carne. Sofrer e apaixonar. O medo e a morte. Coragem do sim. Eu e eu. Descoragem do não. Necessidade cega. Necessidade de não enxergar, e ver. E ver com os olhos que não olhos. Experimentar e ser. Cair, deitar. Sentar, bater. Morder, pedir. Olhar. Adeus, olá. Talvez e cimento. Pó e toxina. Toques e fugas. Confusão exposta. Alguém, eu. Paradoxo e repetição. Tecla falha para novo pensamento. Universo extenso para pouco vocabulário, e a indefinição. Não saber. Não saber quem sou eu, e o que aprecio ou desgosto. Não saber a hora de parar, e ir. E ir sempre, nunca conseguir voltar. Ter que conviver com o tudo aberto, na tortura prazerosa de ser: eu. Eu quem? Não sei. Eu e eu e eu e eu. Não é egocentrismo, é dúvida. E ser todas essas, e talvez esses e talvez ninguém. Eu comigo, sozinha. Vozes plurais no meu sangue. Confusa e perdida. Palavras incertas e insuficientes como meu paladar. Como meu paladar sexual. A vida não serve. Porque o tudo, é saída melhor. E amor.

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