sexta-feira, 16 de maio de 2014

Poesia do ódio

Te odeio quando estou doente
Te odeio quando faz calor
Te odeio quando faz frio
Te odeio no meu corredor

Te odeio na minha cama
Te odeio e a toda a gente
Te odeio quando te tenho
Te odeio irrevogavelmente

Te odeio da minha pele
Te odeio ainda na minha vida
Te odeio debaixo das minhas unhas
Te odeio com as mãos na minha barriga

Te odeio quando encho minha bexiga
Te odeio até não poder mais
Te odeio em todo colo que me nega
Te odeio porque isso não se faz

Te odeio quando acordo de manhã
Te odeio quando estou pra me deitar
Te odeio quando  você chega assim
Te odeio quando vou te visitar

Te odeio porque eu te conheci
Te odeio porque te mandei embora
Te odeio pelo tudo que eu já sei
Te odeio por não te saber agora

Te odeio toda vez que eu escrevo
Te odeio menos quando assisto frevo
Te odeio pouco quando não existe
Te odeio quando não sou pouco triste

Te odeio simples como quem não teme
Te odeio como aquela que não geme
Te odeio em teus olhos desejosos
Te odeio quando o útero não treme.

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