terça-feira, 19 de abril de 2016

Plant vs. Plant

Sentei-me no mármore da janela.
Encolhi, pernas e braços,
Equilibrada naquele espaço curto.
Frio, mas nem tanto.
Imitei o vaso de planta ao meu lado.
Com meu copo cheio,
Eu precisava de água.
Também precisava chorar.
Fiquei pensando no porquê
Da minha estranha tristeza.
Solidão um pouco, talvez, distância.
Medo das coisas do mundo real.
Não cheguei a conclusão alguma,
Cheguei a várias.
Tudo que eu conseguia pensar era:
Eu te amo.
Eu te amo.
Eu te amo.
Por favor, não me deixa só.
Mas parte de mim precisava estar só.
E eu estava triste.
Por que triste?
Apenas triste.
Era madrugada.
Onde estava o sol da minha fotossíntese?
A muitas horas de distância.
O calor estava distante.
E eu que sempre fui
Acostumada com o frio e tempestades.
Eu não respirei rápido,
Não sufoquei.
Meu coração não disparou desesperado.
Eu só conseguia pensar:
Eu te amo,
Eu te amo.
Por favor esteja lá quando eu voltar.
Por favor, diga que me ama mais uma vez.
Pra eu me sentir viva.
I was plant.
A little bit of water,
No sun.
I kissed it's leaf.
I wanted to be kissed back.
Somehow I was so happy to love you
That it made me sad
And then I wanted to cry.
But plants don't cry.
I just wanted to be kind and soft.
I just wanted to be yours.
I never wanted anything so badly
In my entire life.

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