domingo, 31 de maio de 2015

Despedidas duvidosas

Me desfaço fielmente
De outras coisas.
Pessoas, lugares
E memórias.
Aprendo a jogar fora
O que me importa.
Sem luto a longo prazo,
Sem choro na lápide,
Sem drama em todas as conversas.
Preciso aprender a tua ausência.
Mas é triste,
Como é triste o teu não-estar.
Queria não precisar saber
Que a arte de perder as coisas
É assim tão simples
De se dominar.
Há um lado meu que desiste
Cinco vezes por dia
De te deixar.
Eu te amo tanto, ainda.
Nem sei o que é isso.
Amor é um absurdo.
Perto de ti morrerei
Se tudo permanecer como estava.
Talvez...
Esse talvez me acaba.
Você enxerga esperança em algo mais?
Queria conversar.
Me desfaço de todo contato
Com a tua imagem inerte, virtual.
Florentina escolhe esquecer.
Queria eu.
Todas as lacunas são realmente tristes.
Amanhã conversamos,
Quem sabe?
Talvez nunca mais depois.

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