Gosto do cheiro da minha vagina
Quando não há nenhum outro consolo
Gosto da maneira que ele me bate nos dias gélidos
Gosto da mão que me esfola
A dor vale muito mais que o teu carinho
Por maior que seja o meu agrado
É no sexo que eu me abrigo em dias tristes
O sufocamento da carne compulsiva
Ofuscando a minha tristeza tão genuína
Eu preciso correr das tuas garras
Antes que me doa a falta imensa
Antes que me canse a desesperança
Eu preciso resgatar o meu refúgio da depressão
Não precisar de ti para sentir
Mas os bois são sempre nomeados
Quem não tem nome não existe
E ponho teu nome em tudo que me atinge
Meteoro que me mata a solidão
O que eu chamo de tu nunca é tu
Eu só quero conseguir manter o equilibrio
Nenhum comentário:
Postar um comentário