quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ser teu cigarro e café

Deixa eu gozar na tua boca,
Só por hoje,
Deixa eu ser o teu café.
Deixa eu cuidar das tuas dores,
Sem te instigar a raiva
Que tu tanto descontas em mim.
Deixa a culpa de lado dessa vez.
Ora, vamos.
Eu sei que o teu tesão me assiste
Em cada palavra que respiras
Pelas mãos.
Essas tuas mãos que poderiam
Me calar os lábios mansos.
Tu poderias domar-me, quem sabe
Num próximo feriado.
Deixa que se esqueça a indiferença
Em tudo aquilo que deixou de ser escrito.
Deixe que eu seja tua. E seja meu.
Podemos dividir cigarros e corpos,
Eu posso sussurrar no teu ouvido
Que morreríamos juntos,
Com a mão bem no centro do teu ego.
Eu te faria juras de amor,
E esperaria que tu tremesse em meus braços.
Ah, querido. Por favor.
Não sejas tão assim.
Há tanto que poderia ser feito.
Se eu pudesse eu consumia a tua alma,
Junto ao teu falo insaciado.
Se eu pudesse, teria-te em meu colo
Toda noite a fingir que mentiras não existem.

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