quinta-feira, 2 de abril de 2015

Provisória

Uma noite vira com o mau
A outra com o bem
Continua sempre virando noites
A outra, a puta
A que só mora nos pensamentos impuros
Poderia oferecer-lhe um café
Ela se presta ao papel
Do que agrada o teu medo
Não há maldade na própria identidade
Apenas no momento que interpreta
Saltita, dilacera, morre e masturba
Seja a vida quem ela for no dia que for
A puta tira mais um pra sua dança
E se propõe a viver uma nova coisa
O acaso guarda as dicas
Para a felicidade provisória
Esta é a melhor maneira
Uma de dia, outra de noite,
E dorme a tarde inteira
Há tudo no mesmo pacote
Feito de carne, desejo e mutação

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