quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tu não estás

Vontade de chorar
Saudade de você
Preciso estudar
E me virar
Preciso não
Te querer

Tu és a carne quando queima
Tu és o riso quando doi
Tu és o vazio quando falta
Tu és tudo aquilo que eu não sou
E de que eu tenho medo

Tu és o absurdo que eu busco no mundo
Tu és as noites que eu passei em claro
Tu és meu acordar aflito de ausência
Tu és metade de toda a minha incoerência

Tu és o tropegar dos meus cigarros no cimento
Tu és a minha bebida vomitada de lamento
Tu és a minha falta de rima
E o meu rimar acidental

Tu és o tremer do estômago quando te ligo
Tu és o sussurro frio quando não atende
Tu és o ar distante do meu respirar
Quando tu some súbito, sem me explicar
O que aconteceu

Tu és tanto a minha despedida hoje
Quanto meu retorno amanhã
Tu és o meu apaixonar insano
E a minha vontade de esconder
A minha vontade de você

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