domingo, 12 de abril de 2015

Caixote

Tomei um coquetel de água salgada
E areia.
Desceu pela garganta
O susto,
O afogamento
Afobado.
E o desespero me embrulhou o estômago
Pra viagem.

Pacote,
Caixote.
Havia tanto caos em dez segundos
Que o tempo não mais contava
As vezes que eu girava
Debaixo d'água.
Iemanjá,
Chamava.
Nada de resposta,
Apenas tentativas.
E era isso,
O girar e girar da vida
Para todos os lados,
No mesmo lugar.

O pavor que o mar trazia
Era emoção.
Era sentido,
Adrenalina,
Gosto.
E a coragem estúpida
De entrar no medo
Sempre havia de superar
A decepção.

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