segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Post-it surreal

Eu guardo poemas para te mostrar
Rabiscos de você escondidos sob a coberta
Abraço o meu amor junto aos meus medos
Às vezes escapa um ou outro
Eu tento não falar sobre tudo que penso
Eu tento não pensar sobre tudo que sinto
Mas em tudo que acontece
Eu acabo escrevendo teu nome
E o verde das tuas paredes
Acaba escorrendo
Pela vitrine dos meus dias
Então, quando eu pinto e quando eu leio
Quando falo, quando escuto
Quando construo, quando descubro
Quando reajo e quando reconheço
Tudo que me perpassa ou abandona
Eu acabo etiquetando
Escrevo datas propícias
Como se eu tivesse tempo de te mostrar tudo
Ou como se eu caminhasse
Perdida entre árvores e mais árvores
Eu deixo setas no caminho
Pedaços de tecido, galhos quebrados
Largo migalhas e pedrinhas
Porque se você passar por ali
Vai saber que ali estive
E ali te amei
De uma forma única
Na singularidade presente
Em cada momento da minha vida,
Eu te amo exclusivamente
Acumulando arte no nosso sempre
Eternidade,
Liberdade,
Peter Pan

Nenhum comentário:

Postar um comentário