domingo, 15 de março de 2015

A monotonia da leveza

Bem-me-quer,
Mal-me-quer.
Quer-me sempre perto dele.
Não foge da nota lá.
Se esconde num tronco velho.

Floreio, floreio sempre.
Quando não te mordo as pontas.
Te amo,
Mas levemente.
Margaridas não mergulham.

Despetala, moça boba.
Hoje é sexta
E ninguém te espera mais.
Nunca chora,
Que a manhã ensolarada
Há de sempre te obrigar a levantar.

O amor não recita versos
E não canta ao meio-dia.
O amor não moi as entranhas
Nem me tira pra dançar.

Há apenas tipos de vida na existência:
A minha, a sua e a de Deus.
Apenas uma delas conhece a verdade.
Qual delas será?

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