domingo, 15 de março de 2015

Tsunami

Não vou jogar este jogo.
Não quero te assistir perder.
Eu só queria ser feliz.
Eu só queria ter um pouco de diversão.

Tudo que eu sempre quis
foi esse sentimento de que eu realmente existo.

Quero morrer.
Porque não trepamos,
Porque não o amo,
Porque nada quero,
Porque não existo.

Porque eu não exatamente vivo,
quero morrer.

Não há amor que resista à queda
Que é a vida adulta.
O conformismo leva todas as riquezas
Como um tsunami.

Um enorme deus grego
devorando os seus filhotes
pra sobreviver.

O que eu sou agora
diz respeito a todas as coisas que eu fui.
Só que todas desbotadas, cozidas.
Organizadas como uma casa nos anos 20.

Se todo esse tédio não for eu,
Se eu não for o caos
E se eu não for o ar,
Nada sou.
Nada sou
E já não posso mais te amar.

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