domingo, 2 de agosto de 2015

Desconfiança

Agora vai-se embora
Já deixaste o teu recado
Já me deste de bom grado
Aquele velho pacote de incertezas
E mesmo que a tristeza seja mansa
Já trazes o mesmo prato de sempre
Eu entendo quase tudo que pretendes
E ainda encho minha jarra de cevada
Eu já não me reconheço em rosto quente
Aquela que nunca bebia por nada
Eu abro todas as vias
Tento confiar na minha antiga armadura
Me lembro de que este medo é o que perdura
Mas no fim da conta as noites nem são frias
Espero ansiosa
Escuto o pendular na hora na mente
Sei que quando somes, finges que nem sentes
Sei que este é o novo provisório
Ande,
Que desta vez eu tenho horário
São treze dias deste relicário
Andes, antes que eu me desfaça de vez
Amanhã não serás mais tão cortês
Não o esperava desta forma
Mas acho que irei dormir antes das três

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